quarta-feira, 26 de novembro de 2008

“ Privacidade! Privacidade ? Pri-va-ci-da-de, Priva-cidade ou Priva-a-Cidade.”

No século XXI a tal privacidade é tão confusa de se entender, quanto o modo como foi escrito o título acima. A indumentária grafo lógica utilizada até então certamente deixou você curioso, confuso, intrigado ou algo parecido, talvez tenha se perguntado. O que é mesmo que ele quer dizer com isso ? Pra quê enfeitar ou firular tanto para falar de privacidade ? Pois bem, meu caro leitor toda “desnecessariedade” dos recursos utilizados anteriormente mostram o quanto é fácil se incomodar quando algo não corresponde ao que deveria. Mesmo assim é a falta de privacidade imposta pela vida acelerada e cada vez mais pós-moderna na dita era da informação. Todos os recursos considerados pela sociedade como: avanço, modernidade, praticidade ou o nome que se queira dar, tem contribuído significativamente com o desenvolvimento das atividades exigidas pelas novas formas de se viver. Porém existem contratempos e vias de mão dupla nas “facilidades” oferecidas pelos meios tecnológicos. E como pode ser facilmente percebido tudo pode ser potencialmente bom ou ruim a depender apenas do uso que se faz. Momento I Os bancos de dados das empresas não são só arquivos para consulta das mesmas, eles são também alvo da polícia em investigações, dos publicitários na construção de peças que se aproximem cada vez mais do que o “cliente” deseja consumir, das operadoras de cartões de crédito quando enviam suas propostas (geralmente sem solicitação dos destinatários), dos governos para rastrear que é cada um dos 75.222.254 de tupiniquins naturalizados mestiços hoje chamados de brasileiros estimados pelo IBGE no ano de 2007 e espalhados pelos 8.547.403 km2 do território verde e amarelo. Enfim está cada vez mais difícil se ter o controle sobre os próprios dados, pois, o tempo inteiro é necessário que provemos quem somos, que forneçamos “nossos” dados e confirmemos onde moramos ou qualquer outra coisa do gênero. E a privacidade nem lembramos que ela existe, uma vez que é contrariada a cada instante. E o que isso representa? Bom, a interpretação e bagagem de cada um deve responder ao questionamento levantado, mas eu penso que esta quebra de privacidade pode ser entendida também como uma violência, como se já não bastasse os métodos tradicionais de violências praticados e sofridos diariamente. Temos a nossa vida privada tomada de assalto a todo momento, e por vários criminosos, ora anunciados com um aviso “Sorria você está sendo filmado” e na maioria dos casos desconhecidos. Em suma, o mundo hoje é vigiado por câmeras é a era da informação e da falta absoluta de respeito ao individuo aos direitos alheios. É um olho a cada passo, um ouvido a cada palavra que se pensa em dizer, um juiz por traz de cada equipamento desses. E a vida tornar-se um filme sem luz, com câmeras em qualquer ação. E nós comunicadores e especificamente jornalistas temos o dever e a obrigação de alertar a população para o que está se tornando a chamada vida moderna e o mesmo fica subentendido no artigo em destaque do código de ética dos jornalistas: “Art. 2º Como o acesso à informação de relevante interesse público é um direito fundamental, os jornalistas não podem admitir que ele seja impedido por nenhum tipo de interesse, razão por que: I - a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente de sua natureza jurídica - se pública, estatal ou privada - e da linha política de seus proprietários e/ou diretores. II - a produção e a divulgação da informação devem se pautar pela veracidade dos fatos e ter por finalidade o interesse público; III - a liberdade de imprensa, direito e pressuposto do exercício do jornalismo, implica compromisso com a responsabilidade social inerente à profissão; IV - a prestação de informações pelas organizações públicas e privadas, incluindo as não-governamentais, é uma obrigação social. V - a obstrução direta ou indireta à livre divulgação da informação, a aplicação de censura e a indução à auto-censura são delitos contra a sociedade, devendo ser denunciadas à comissão de ética competente, garantido o sigilo do denunciante. Mas isso não acontece por quê? É obvio alguns utilizam a bendita câmera escondida e a anti-ética, outros tem interessem na verba publicitária dos fabricantes dos equipamentos, nmo final das contas acaba prevalecendo os interesses próprios aos interesses coletivos. Momento II Também existem as pessoas que fazem questão de deixar os dados pessoais à mostra em sites de relacionamentos na internet sem analisar os riscos que correm e a falta de controle do meio de comunicação que até então não é regido por nenhuma lei especifica que tipifique o que é crime ou não na rede mundial de “cãoputadores”. Outra ameaça constante são os sites de bancos e financeiras às quais descobrem-se que hakers fazem uma página clone do site oficial afim de coletar os dados das pessoas e logo em seguida aplicarem os mais diversos golpes e assistindo a uma matéria na Record News vi e ouvi um especialista falar que um dos truques para descobrir se o site é falso ou verdadeiro é digitar propositalmente a senha de acesso errada segundo ele se o site passar adiante é armadilha não continue, e se o site identificar o erro e pedir a repetição da operação há uma certeza de é o site do banco. O controle que o Governo tem sobre os dados dos cidadãos também é muito grande, pois ele é quem fornece os mesmos, regulamenta e cobra atualizações constantes, e a utilização deles é que diz se as pessoas são, o que são e como são os filhos da pátria, o futuro da nação. Momento para não finalizar As análises seriam muitas caso fosse explorado cada ponto de interesse geral do que representa: ter, não ter privacidade muitas reflexões podem ser construídas a partir dos fatos sociais e da “evolução” das formas de vida. Numa globalização de informações e culturas as câmeras sejam escondidas ou anunciadas seqüestram momentos impares e os tornam públicos para um mundo de olhos que buscam cada vez mais o vazio de compartilhar da vida alheia. Fontes: http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/reflexoes_sobre_privacidade.html http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/contagem2007/municipios_estimados_2007.pdf

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