quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Resenha Descritiva

1 – Mario L. Erbolato 2 – Técnicas de Codificação em Jornalismo: Redação captação e edição no jornal diário. 3 – Editora Ática 4 – Petrópolis – RJ, 2006; 5 – 256 páginas. 5ª Edição Pode-se, nessa parte desse tipo de resenha, fazer uma descrição sumária da estrutura da obra (divisão de capítulos, assunto dos capítulos, índice, etc.). No caso de uma obra estrangeira, é útil informar também a língua da versão original e o nome do tradutor. b) uma parte com o resumo do conteúdo da obra 1 – indicação sucinta do assunto global da obra O assunto global do capítulo refere-se às agencias de noticias, abordadas num contexto histórico e funcional desses órgãos que de forma “milagrosa” consegue difundir informações sobre o que se passa nos principais centros mundiais de contingente humano. 2 – resumo que apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral. Os meios de indiretos de informação – vantagens das agencias noticiosas – a transmissão das mensagens desde os gritos humanos até a utilização dos satélites. Definição de agência de informação, pele Unesco – Classificação das agências de acordo com a sua organização jurídica e finalidades – Os oito pontos fundamentais do processo de informação contemporânea, segundo Roger Clause – Os despachos (flash, boletim e desenvolvimento) – Sistema de trabalho das agências. Ocorre, sempre, como que o milagre da presença do jornalista em qualquer lugar onde haja o que mereça ser divulgado. A nenhum jornal, que vende noticias a varejo, exemplar por exemplar, leitor a leitor seria possível manter correspondentes ou enviados especiais em todas as cidades do mundo. A solução portanto é recorrer às agências, que são classificadas como meios indiretos de informação, porque as noticias que divulgam não vão diretamente para os leitores, mas sim aos jornais (e também às emissoras de rádio e de televisão), que se encarregam de fazê-las chegar aos receptores. Jayme Dantas, bacharel em jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e editor geral da AJB – Agência Jornal do Brasil, diz hoje em dia não há jornal, revista, estação de rádio ou gerente de uma grande firma internacional que consiga se manter realmente atualizado sobre o que vai pelo mundo sem assinar os serviços de uma ou mais agências internacionais de noticias e de pelo menos uma nacional, que há em quase todos os países. Jornalismo em alta velocidade Assinala ainda Jayme Dantas que “a agência de noticias é exatamente o jornalismo na mais alta velocidade”. Mas a velocidade nem sempre foi a característica da imprensa. Conforme recorda Carlos Rizzini, no Brasil, a princípio, as noticias do mundo chegavam velhas de meses, de semestres e até de anos. Os navios eram poucos e lentos, vogavam nas monções e arrostavam riscos sem conta. As primeiras agências Coube a Charles Havas, um francês de origem húngara organizar a primeira agência de noticias. As informações procediam de diversas cidades européias e, em seguida, eram distribuídas pelo correio ordinário aos assinantes, que foram, inicialmente, não os jornais, mas alguns financistas, diplomatas e comerciantes. O custo inicial de uma informação era repartido, e com o lucro, entre vários assinantes, o que permitia a manutenção da agência. Enquanto não fosse descoberta a eletricidade, só restava ao homem encontra na telegrafia ótica “um aparelho capaz de transmitir a uma grande distância e à velocidade do pensamento, quer de dia, quer de noite, as noticias ou informações mesmo compridas”. O sistema apresentava, porém, um inconveniente: não funcionava com chuvas e nos dias nublados, embora nessas ocasiões houvesse, muitas vezes, noticias excelentes, que devessem ser transmitidas. Bernard Wolff, que havia trabalhado com Charles Havas, fundou em 1948 a sua própria agência, que se dedicou, de inicio, a distribuir as cotações das Bolsas de Hamburgo, Frankfurt e Paris. Denominou-a Agência Wolff e, em 1855, passou a trabalhar também com noticiário de vários paises da Europa. Outro colaborador de Charles Havas, o judeu-alemão Israel Beer, que se convertera ao protestantismo adotando o nome de Julius Reuter Beer, tentou logo depois, novos métodos para difundir o noticiário a distância. Estabeleceu-se em Aachen e, a 24 de abril de 1849, fez acordo verbal com um cidadão alemão que lhe forneceu 40 pombos-correio. Roger Clause frisa que passou o tempo em que os jornais podiam contentar-se com as suas próprias fontes de informação. As agências mundiais de informação Atualmente, cinco agências estão classificadas como mundiais: a Uni France Press (AFP), a Reuters (R), a Associated Press (AP), e a TASS (Telegrafnie Agentstvo Sovietskogo Soyuza). A Unesco define a agência de informação como “empresa que tem principalmente por objeto, qualquer que seja a sua forma jurídica, obter noticias e documentação de atualidades, que sirvam para exprimir ou representar os fatos, distribuindo-os a um conjunto de empresas de informação e, excepcionalmente, a particulares, mediante o pagamento de determinada importância, de acordo com as leis e usos comerciais, sempre à base de um serviço mais completo e imparcial possível.” Para que possam ter o caráter de mundiais, as agências devem reunir, segundo técnicos e juristas as condições seguintes: Dispor de uma rede de correspondentes que distribuídos nos pontos nevrálgicos do mundo inteiro, ou pelo menos nas grandes zonas geográficas, estejam encarregados de obter diariamente as informações úteis, para transmiti-las à sede da agência; Possuir uma redação central, que receba as noticias de todo o mundo e as transmitia para os demais escritórios ou correspondentes a fim de serem entregues aos jornais assinantes ou às agências de cada país, com as quais porventura mantenham convênios; Utilizar-se de poderosos meios financeiros, técnicos e administrativos e particularmente de uma rede completa de transportes intelectuais, tanto de recepção como de distribuição, que lhes permitia recoletar e distribuir informações em várias zonas, ou talvez no mundo inteiro Bernard Voyenne lembra: “A organização das agências não é diferente da dos jornais, já que elas apenas deles se distinguem pelas funções e não pelos objetivos. Sua atividade consiste em colher a informação, transmiti-la, elabora-la e difundi-la dentro do menor prazo possível”. Nas nações em que há liberdade de imprensa, as agências consideram a informação como meio de tornar conhecido o que de importante ocorra e que vise especialmente a valorização do progresso e da pessoa humana. Nos paises totalitários, os despachos telegráficos são instrumentos dos respectivos governos, que orientam o noticiário transmitido e filtram o recebido, transformando as noticias, na maioria das vezes, em propaganda do regime. A France Press foi a sucessora desde 1944, da antiga Havas. Pertence a uma cooperativa de jornais, com interferência oficial, cabendo ao governo francês indicar o seu diretor. A Associated Press foi fundada nos Estados Unidos em 1848 por um grupo de jornais que usavam o seu noticiário com exclusividade. A United Press Internacional é norte-americana, resultado da fusão de duas empresas concretizada em 1958: a United Press Association (UP), fundada em 1907 pela cadeia Scripps-Howard, e a Internacional News Service (INS). A Reuters, fundada em Londres, em 1851 é desde a segunda guerra mundial, uma cooperativa de agências e jornais da Commonwealth, sem fins lucrativos. A TASS é um órgão estatal fundado na Rússia em 1925, que se encarrega de distribuir informação estrangeira a todos os jornais do país, bem como de difundir no exterior o pensamento oficial do governo russo. Classificação das agências a) Particulares – surgidas por iniciativa não oficial e administradas como um órgão ou empresa privada. b) Cooperativas – São o consórcio de vários jornais que contribuem para mantê-las, repartindo os lucros. c) Estatais – Criadas pelos governos, ou que eram particulares e foram encampadas pelos países em que funcionava a sede central. d) Gerais – Divulgam praticamente todo e qualquer noticiário que possa interessar aos assinantes e ao público. e) Especializadas – Dedicam-se exclusivamente a difundir uma determinada classe de serviços: noticias econômico-financeiras, agrícolas, estudantis, cinematográficas ou seções recreativas, além de outros. f) De atualidades fotográficas – Distribuem apenas as ilustrações dos fatos com as respectivas legendas. g) De artigos – Contratam matérias assinadas por nomes de destaque no jornalismo nacional ou internacional, interpretando os fatos, e vendem esses artigos h) Nacionais – Tem por finalidade fornecer noticias apenas aos jornais do país onde possuem a sede e referentes unicamente aos fatos nacionais i) Internacionais – Divulgam informações de e para todo o mundo O processo de informação contemporânea 1. O acontecimento. 2. A obtenção de dados pelo repórter (ou correspondente ou enviado especial). 3. Transmissão dos informes à agência noticiosa. 4. Redação do telegrama, na agência, onde o texto passa pelo seu primeiro tratamento quanto à forma e ao enfoque. 5. Distribuição da matéria aos jornais que sejam subscritores ou assinantes da agência. 6. Recepção pelos jornais, onde o texto passa pelo segundo tratamento, recebendo cortes, alterações, supressão de palavras e, eventualmente alguns acréscimos. 7. Difusão do jornal (informação) entre o público. 8. Reação dos leitores, diante do impacto. Um fato só começa a se transformar em noticia quando o jornalista inicia a coleta de dados, tomando notas ou fotografando, filmando e gravando. Os despachos das agências em geral são classificados assim: O Flash, no primeiro anúncio de um acontecimento importante, difundido imediatamente, mesmo que interrompa qualquer despacho normal que esteja sendo transmitido. Tem poucas palavras, e é como um lead. O Boletim, que é um informe de algumas linhas, que dá seqüência friamente aos elementos importantes de uma noticia. O operador, ao qual foi confiado o texto, o transmite imediatamente após o despacho (desenvolvimento) em curso. Um flash sempre é seguido de boletins. O desenvolvimento reconstitui uma série de boletins de forma correta e ampliada. As informações que não apresentam muita importância são difundidas diretamente sob a forma de desenvolvimento, sem serem precedidas de flashes ou boletins.

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