terça-feira, 25 de novembro de 2008

Agências de Notícias, jornalismo e tecnologia

Circular notícias. Essa é a principal característica e importância das agências de notícias. Um fenômeno de comunicação que está intimamente ligado ao jornalismo e, cada vez mais, atrelado a uma lógica operacional de redes tecnológica que remonta aos telégrafos até as modernas redes digitais. Se antes, ainda no século XIX as Agências de Notícias tinham como vantagem o envio de informações que poderiam ser úteis aos interesses econômicos e políticos da época, que permitia o livre trânsito de informações, inclusive das notícias, hoje há uma série de parâmetros que estabilizam o seu modelo de negócios. Nos dias atuais com as redes digitais as agências se aperfeiçoam cada vez mais se reestruturando e se configurando no envio das informações, ampliando cada vez mais o raio de influência do jornal, tanto no contexto nacional quanto internacional, atingido cada vez mais as populações de todo o mundo. A contribuição para que as Agências de Notícias se expandissem cada vez mais vem da WEB. O acesso à rede mundial de computadores contribui para que as notícias cheguem mais rápidas e para os mais variados setores, de forma temática e globalizada. As Agências de Notícias e o jornalismo passaram então a caminhar cada vez mais juntos. Com as redes digitais, as agências de notícias sofreram alterações de acordo com a própria mutabilidade do cenário tecnológico e social nos quais elas estão diretamente inseridas, com a concentração das agências no fluxo de conteúdos e informação, que possibilita a circulação de informações de caráter jornalístico contribuíram para essa dinâmica entre as agências e o jornalismo. A internet disponibiliza uma grande quantidade de informações, a custo baixo ou zero, para pessoas separadas por grandes distâncias. Já a comunicação telegráfica, utilizada anteriormente pelas agências, era limitada, em termos de capacidade de transmissão, de custo e alcance. O que já é uma grande vantagem para o jornalismo e para a disseminação das notícias. As redes tecnológicas agregaram valores as Agências de Notícias no seu papel de criar fluxo de informação. Se antes os conteúdos circulavam em redes privadas e fechadas, com a Internet o papel operacional das agências potencializa o seu alcance. Por outro lado, essa mesma rede de distribuição provoca a geração de material informativo em escalas descentralizadas. Permitindo que existam diversos canais de distribuição de informações gerando serviços que antes eram das Agências de Notícias. De um lado a potencialidade de alimentação dos conteúdos, do outro há a disponibilização de notícias nos portais jornalísticos da Internet. De um lado as agências, do outro os portais. Ambos com conteúdos jornalísticos em simbiose. Assim os materiais jornalísticos produzidos pelas agências vão se encaixando nos órgãos jornalísticos como jornais e portais da Internet. A configuração de práticas jornalísticas em redes, assimila características emanadas das próprias possibilidades dadas pelos dispositivos envolvidos. O jornalismo na web busca conciliar dinâmicas da rede com os seus próprios sistemas de obtenção, tratamento e circulação de conteúdos. O jornalismo contemporâneo, também na web, sofre as exigências dessa pressão em estabelecer sistemas mais eficientes de circulação, de se auto-sustentar em modelos viáveis de financiamento e assimilar as características emanadas ainda em redes primitivas como o telégrafo. Assim como os meios impressos, o jornalismo da web permite que os conteúdos enviados pelas agências de notícias possam ser reestruturados de acordo com o tempo, a localização geográfica que será publicada a notícia, público alvo e sua linha editorial. Durante toda histórico das agências seu objetivo principal é despachar as informações de modo mais veloz, pois os veículos de comunicação querem publicar as notícias em primeira mão e seu leitor sente a necessidade em obter a informação. Essa escala de despachos contínuos atende a necessidade das redações e está equilibrada com o fechamento dos jornais, que acontece a todo momento em cada ponto do mundo. Então, o segredo é aproximar o leitor da notícia e, para isso, é necessário vendê-la em diferentes formas para tevê, impresso e veículos que reportam fotografias. Analisando o processo histórico de desenvolvimento das agências de notícias é observada a necessidade de um modelo de financiamento e de modos de circulação noticiosa diferenciada. Se por um lado as agências já contam com o domínio da técnica de fornecer esse fluxo de informação, no lado dos portais os conteúdos são prontamente assimilados através de seções de últimas notícias, por exemplo. O modelo atual tem, assim, talvez os meios mais flexíveis e instantâneos no que diz respeito à possibilidades jornalísticas. Com a ajuda das agências, o jornalismo se torna mais rápido, mais informativo e mais amplo. Podendo suprir carências onde não há sedes. Colocando qualquer cidade no mundo.

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