quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Editorial

O dia 24 de novembro seria mais um no meio do calendário, não fossem as fortes chuvas que caíram no estado de Santa Catarina por 20 horas ininterruptas deixando um saldo nada positivo de 22.952 desabrigados e outros 31.087 desalojados, segundo dados do Ministério da defesa civil publicados no portal terra. A imprensa nacional, em todos os veículos, mais uma vez movimenta o país e pauta as conversas e ações de outras cidades brasileiras principalmente no que tange a ajuda aos atingidos pelo incidente. Um dos meios que tem se mostrado forte na distribuição de informações e na tentativa de ajuda os catarinenses tem sido a internet com os sites e os tão comentados blogs. Na nossa observação jornalística os blogs tem servido como “fonte oficiosa” de informações por permitir a observação de fotos tiradas por “amadores” sem a preocupação jornalística, mas tais imagens comunicam a gravidade dos fatos e falam tanto quanto os textos escritos, com suas câmeras digitais ou celulares as pessoas utilizam do meio mais necessário à sobrevivência e nesse caso de re-sobrevivência humana, a comunicação, para pedirem socorro e sensibilizar as pessoas. O serviço ao próximo, independente de quem seja, assim pode-se facilmente denotar as ações ora voltadas ao sul brasileiro. As cidades de Santa Catarina tornaram-se involuntariamente o centro das atenções, pelo fato do fenômeno natural das chuvas. Os veículos midiáticos mexeram mais uma vez com o sentimento humano. O “colocar-se no lugar do outro” e o jornalismo dão essa relação de proximidade juntamente com todo e qualquer critério de noticiabilidade: seja no rádio com notas das 24 horas de jornalismo da Band News Fm; seja nos canais de Teve que sensibilizam com som e imagem ao vivo ou gravado do local da ação para todo o país; seja pelos textos de jornais (impressos e/ou on-line) com fotos de agências de noticias nacionais como “A Tarde” e internacionais como a “Reuters”. Num momento tão delicado o que menos importa substancialmente para a população são as explicações científicas dadas pelos observatórios e/ou centros de estudos e pesquisas climatológicas. Observamos isso diante de ações como as da Defesa Civil que a todo momento recebe doações do país inteiro de todas as formas possíveis, também a abertura de duas contas no Banco do Brasil é outra alternativa para receber ajuda em dinheiro e evitar que trapaceiros se aproveitem da situação os números são: Banco do Brasil - Agência 3582-3, Conta Corrente 80.000-7; ou Besc - Agência 068-0, Conta Corrente 80.000-0. O JB on-line traz uma curiosidade que Santa Catarina outrora sofreu com uma situação semelhante no ano de 1974 e que daquela vez o saldo de vítimas fatais foram de 199 e de desabrigados 65 mil em virtude de uma chuva que durou dois dias ininterruptos. Completa ainda que: “Em 1983, somente em Blumenau, 197 mil pessoas ficaram desabrigadas e oito morreram depois que o rio Itajaí-Açu subiu 15,34 m. A enchente durou 31 dias, do dia 5 de julho até 5 de agosto. Em agosto do ano seguinte, o rio atingiu 15,46 m e deixou um saldo de 155 mil desabrigados e 16 mortos. Outras fortes chuvas ainda causaram 69 mortes nas regiões sul catarinense e metropolitana de Florianópolis em 1995. O saldo de mortes nas enchentes e enxurradas é bem maior do que o registrado na passagem do Furacão Catarina, em março de 2004. No único registro do fenômeno no Hemisfério Sul, 11 pessoas morreram e 35 mil ficaram desabrigadas, segundo os dados da Defesa Civil catarinense.” Enquanto isso a sabedoria popular diz que o homem está recebendo de volta o que tem feito com a natureza, os meteorológicos e geógrafos dizem que foi precipitação de nuvens, evaporação, massa de ar frio, choques térmicos, erosão etc etc... Cada um tenta ao seu modo aliviar a dor de tanta gente imaginando poderia ser eu.

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