quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Jornais do país inteiro noticiam a enchente em Santa Catarina. Devido as constantes chuvas que fizeram com que o nível dos rios subissem, desde o último final de semana a chuva não pára e mais de 1,5 milhão de pessoas foram atingidas pelos temporais. Em estado de calamidade Santa Catarina tem promessas de ajuda do presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro da integração Social, Geddel Vieira reforçou: "Temos a certeza que nestas condições de catástrofe, os recursos do governo federal para ajudar Santa Catarina serão ilimitáveis". O que me chamou a atenção em meio ás notícias sobre o posicionamento do governo federal foi que um dos jornais informou logo de primeira: “O governo federal vai liberar, preliminarmente, R$ 40 milhões para a recuperação das rodovias federais danificadas pela forte chuva que atinge Santa Catarina”. Sabemos que as estradas liberadas irão contribuir para o funcionamento das cidades. No entanto, o que fica evidente é que as necessidades básicas das pessoas ficam para depois. Abrigo, comida, água potável e energia deviam ter prioridade. Parece que o assunto essencial está nas vias de acesso para o capitalismo e não ao humanismo. Por outro lado, enquanto os governos conversam, a população age. Mesmo com poucos recursos a moradora Sirlene Camargo, 37, que é técnica de enfermagem, transformou sua casa em posto de atendimento para os resgatados da enchente. A anfitriã ofereceu primeiros-socorros e alimentação. O contexto era de água pelos tornozelos, mas mesmo assim fez o que estava ao seu alcance para ajudar. Outro exemplo é o de cidadãos comuns que tentam ajudar pela internet. O meio virtual está divulgando meios de ajudar aos desabrigados pela chuva. Os interessados são instruídos a doarem água potável, alimentos perecíveis e materiais de uso higiênico. Diante de mais um evento de miséria que chama a atenção do país, temos mesmo é que exercer nossa função social. Individualmente, fazer acontecer o que todos cobramos das autoridades. Oportunidade temos. E muitas.

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